

A Polícia Civil, com apoio da Brigada Militar e da Prefeitura Municipal de Porto Xavier, deflagrou na manhã desta quarta-feira (05/11) a primeira fase da Operação Espora de Aço, voltada ao combate de crimes de maus-tratos a animais e organização de rinhas de galo naquele município.
Durante o cumprimento de mandado judicial de busca e apreensão, foram apreendidos 45 galos de rinha, mantidos em gaiolas individuais e com sinais evidentes de maus-tratos.
A ação resultou ainda na destruição e descaracterização de diversos objetos vinculados à prática criminosa, entre eles gaiolas, biqueiras, esporas artificiais e uma arena de combate. O trabalho contou com o apoio técnico e logístico da Secretaria Municipal de Meio Ambiente, que acompanhou a destinação ambientalmente adequada dos materiais e o recolhimento das aves, encaminhadas à ONG Coração Amigo, que assumiu a guarda dos animais como fiel depositária institucional.
De acordo com o Delegado responsável pela operação, outros locais na cidade estão sendo mapeados para futuras ações. "A prática de rinha de galos é crime e será combatida de forma rigorosa. Além do sofrimento imposto aos animais, há toda uma estrutura criminosa por trás, envolvendo apostas e maus-tratos sistemáticos”, destacou.
A Polícia Civil alerta que qualquer pessoa flagrada participando de rinhas de galo, seja como organizador, apostador ou espectador envolvido, poderá ser presa em flagrante por crime ambiental de maus-tratos a animais (art. 32 da Lei nº 9.605/1998) e também por associação criminosa, prevista no art. 288 do Código Penal, cuja pena é de reclusão de um a três anos. Além das consequências penais, sanções administrativas e multas ambientais poderão ser aplicadas.
A Operação Espora de Aço terá continuidade nos próximos dias, com novas diligências voltadas à identificação de criadores e financiadores da prática ilegal em Porto Xavier e na região.