É comum que o surgimento de estrias gerem uma série de dúvidas. Afinal, como se formam? Quais os melhores tratamentos? Existe a possibilidade de reverter o quadro? De maneira resumida, elas são lesões cutâneas que aparecem como linhas ou faixas, em resposta ao estiramento excessivo ou rápido da pele, resultando assim na ruptura das fibras elásticas e de colágeno.
O biomédico Thiago Martins explica que elas surgem a partir de uma rápida expansão da área, que pode ser causada pelo crescimento acelerado, ganho ou perda de peso ou gravidez, por exemplo. "Essa mudança provoca a ruptura das fibras de suporte na derme", comenta.
A resposta é sim: rubras e albas. Segundo o profissional, as rubras estão em sua fase inicial, também conhecida como aguda. "Nessa etapa, as estrias são avermelhadas ou arroxeadas devido à inflamação e dilatação dos vasos sanguíneos na região, e podem ser ligeiramente elevadas, causando coceira ou sensibilidade", conta.
"É nesse momento que os tratamentos costumam ser mais eficazes, pois a pele está em processo inflamatório e reage melhor às intervenções que estimulam a reparação das fibras", acrescenta.
Já as albas representam a fase madura ou crônica. Elas se tornam esbranquiçadas ou prateadas, com a inflamação diminuída e os vasos sanguíneos retraídos. "Nessa fase, geralmente estão niveladas ou ligeiramente deprimidas em relação à pele ao redor. O tratamento das estrias albas é mais desafiador, focando na melhoria da textura e na estimulação da produção de colágeno, embora a reversão completa seja mais difícil", garante.
Em ambas as fases, o acompanhamento por um especialista é essencial para determinar o melhor tratamento para cada caso.
O dermatologista Lucas Miranda, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia, afirma que existem diversos tratamentos para estrias disponíveis no mercado. Entre eles, laser, microagulhamento e luz pulsada. Veja abaixo como funcionam:
Laser: O laser, com o CO2 fracionado, é uma opção para renovar a pele e estimular a produção de colágeno, melhorando a aparência das estreias;
Microagulhamento (Morpheus 8): Esta técnica utiliza microagulhas para estimular a produção de colágeno e elastina, promovendo a renovação da pele e reduzindo a aparência das estrias;
Luz pulsada: A luz pulsada pode ser eficaz no tratamento de estrias recentes, ao destruir os vasos e estimular a produção de colágeno;
Outros procedimentos: A carboxiterapia e peelings químicos, que podem ser combinados para otimizar os resultados.
Conforme explica Lucas, estrias recentes, que ainda estão avermelhadas, são mais propícias a tratamentos eficazes.
O tratamento precoce pode ajudar a prevenir que as estrias se tornem mais profundas e visíveis. É fundamental avaliações para determinar o tratamento mais adequado para cada paciente.
- Primeiramente, manter a pele bem hidratada é essencial, pois uma pele hidratada é mais elástica e menos propensa a rupturas;
- Utilizar cremes e loções com ingredientes como ácido hialurônico e vitamina E ajuda a manter a umidade e elasticidade da pele;
- Além disso, controlar o peso é crucial para prevenir estiramentos abruptos da pele; uma dieta equilibrada, rica em vitaminas C, E, zinco e silício, contribui para a saúde da pele e a produção de colágeno;
- Durante períodos de mudanças rápidas no corpo, como gravidez ou picos de crescimento, é importante intensificar os cuidados com a pele;
- Realizar massagens regulares na área propensa a desenvolver estrias pode melhorar a circulação e a elasticidade;
- Por fim, beber bastante água diariamente é uma prática simples, mas eficaz, para manter a pele saudável e hidratada.
A reversão total das estrias sem procedimentos invasivos é difícil. No entanto, tratamentos e cuidados regulares podem melhorar significativamente a aparência das mesmas. É importante ter expectativas realistas e paciência, já que os resultados variam entre indivíduos.
