


Os Festejos Farroupilhas de 2020 já têm tema e patronesse definidos. A escolha aconteceu durante reunião da Comissão Estadual, online, na segunda-feira, dia 8 de junho. Como tema foi escolhido "Gaúchos sem Fronteiras" e como patrona a tradicionalista Alessandra Carvalho da Motta.
TEMA
Segundo César Oliveira, presidente da Comissão, o tema faz uma homenagem à particularidade do povo gaúcho de espalhar-se geograficamente pelo mundo, porém sem perder suas raízes culturais.
"Com a expansão do agronegócio, há algumas décadas, os gaúchos ganharam o Brasil. Hoje vemos centro de tradição gaúcha inclusive na China", afirma.
A escolha do tema também abarca outro elemento fundamental, segundo César: o apreço das pessoas de fora pela cultura gaúcha. "É muito comum vermos pessoas que nos visitam, seja a trabalho, ou turismo, levarem um pouco da nossa cultura junto". Ser gaúcho, na sua opinião, é um estilo de vida.
PATRONESSE
A escolha de Alessandra Carvalho da Motta como patronesse, na opinião do presidente, é justa e merecida, dada a trajetória e dedicação de Alessandra. "Tem uma linda história, que nos inspira no fazer tradicionalismo e esta é uma homenagem justíssima", afirma.
Alessandra Carvalho da Motta é natural de Cachoeira do Sul, formada em Direito pela PUC/RS e especializada em Direito Penal pela UFRGS. Servidora pública federal no TRF da 4ª Região, atuou por mais de 20 anos como artista, bailarina, professora, avaliadora, coreógrafa, apresentadora, palestrante e pesquisadora. No Movimento Tradicionalista Gaúcho, Alessandra participa desde tenra idade.
INCERTEZAS
Segundo César, ainda existe incerteza quanto à realização de ações presenciais relativas aos Festejos Farroupilhas, porém o simbolismo da data será reverenciado. "Os tradicionalistas estão demonstrando criatividade, inovação e disposição para ações em ambiente online. Encontraremos alternativas", comenta.
Transferido acendimento da Chama Crioula
O Acendimento da Chama Crioula, que marca a abertura dos Festejos Farroupilhas a cada ano, foi transferido para 2021, devido à pandemia da Covid-19 e respectivos protocolos de saúde pública estabelecidos pelas autoridades sanitárias e que suspenderam todas as atividades que gerem aglomeração.
A definição aconteceu em reunião online realizada no dia 9 de junho pela presidente do Movimento Tradicionalista Gaúcho do Rio Grande do Sul, Gilda Galeazzi, com os coordenadores das 30 Regiões Tradicionalistas. Para referendá-la, nos próximos dias, haverá reunião do Conselho Diretor da entidade.
Para 2021, fica mantida a cidade de Canguçu, na 21ª Região Tradicionalista, como local do evento e a portaria 39/2014, que define os locais de acendimento da Chama Crioula para os próximos 30 anos, fica estendido para 2045.
Segundo Gilda, o local, o acendimento e a distribuição da Chama Crioula em 2020 ficam a critério de cada uma das 30 Regiões Tradicionalistas, dentro de suas áreas de atuação, e em conformidade com os decretos de saúde pública estaduais e municipais.