


Eleição foi mais rápida do que o esperado, e fumaça branca na quarta votação do conclave pegou o público de surpresa
A Igreja Católica já tem um novo líder. A fumaça branca que saiu da chaminé da Capela Sistina nesta quinta-feira (8/5), sinalizou ao mundo que os 133 cardeais eleitores definiram o cardeal Robert Francis Prevost como o novo Papa para suceder Francisco, morto em abril. Ao mesmo tempo, tocaram os sinos da Basílica de São Pedro.
Após a eleição, o novo Papa é levado a um pequeno cômodo de nove metros quadrados localizado ao fundo da Capela Sistina, onde, antes de ser apresentado ao mundo, ele veste a batina branca papal, escolhida entre três opções de tamanho: pequena, média e grande. A mais adequada é ajustada ao corpo do Pontífice recém-eleito.
A fumaça branca na quarta votação do conclave pegou o público de surpresa. Muitos romanos se programavam para ir à praça de São Pedro no fim do dia, após o horário de trabalho. Quando a fumaça saiu, a praça tinha bem menos gente do que ontem à noite, na fumaça negra.
O cardeal Robert Francis Prevost é uma figura que se destacou por sua experiência internacional e proximidade com o papa Francisco.
Nascido nos Estados Unidos, Prevost é conhecido como o "pastor de duas pátrias" devido à sua atuação missionária no Peru durante os anos 80.
Essa experiência lhe conferiu fluência em espanhol e um profundo entendimento da Igreja na América Latina, fazendo dele um potencial representante das Américas como um todo.
Visão internacional e papel estratégico - Prevost ocupava o cargo de prefeito do Dicastério para os Bispos, uma posição estratégica que lhe permitiu conhecer profundamente a estrutura da Igreja e participar ativamente na nomeação de bispos ao redor do mundo.
Essa experiência era vista como um ponto forte em sua candidatura, demonstrando sua capacidade de liderança e compreensão global da instituição.
Em uma entrevista ao site do Vaticano, Prevost enfatizou sua visão sobre o papel dos bispos: “O bispo é chamado autenticamente para ser humilde, para estar perto das pessoas que ele serve, para caminhar com elas, para sofrer com elas e procurar formas de que ele possa viver melhor a mensagem do Evangelho no meio de sua gente.”
Apesar de sua experiência e alinhamento com as ideias do papa Francisco, a candidatura de Prevost enfrentava desafios.
A tradição da Igreja de evitar papas americanos, devido ao peso político que isso poderia representar, era um fator a ser considerado.
No entanto, analistas apontavam que Prevost representa uma vertente mais progressista da Igreja americana, mais alinhada com os movimentos carismáticos e sensível a questões como imigração e justiça social.
Sua formação na Ordem dos Agostinianos também foi vista como um ponto positivo, trazendo uma dimensão contemplativa e missionária à sua indicação.
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