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Publicado em 01/08/2023 13:57:11 • Agronegócio • Porto Xavier

Fetag-RS reúne 1.800 produtores em Porto Xavier

Protesto foi motivado pela disparada das importações de leite do Mercosul
Mobilização reuniu mais de 1.700 produtores em Porto Xavier (Foto: STR de Cerro Largo)

Produtores de leite gaúchos fizeram um protesto nesta terça-feira (1º/8) para pressionar o governo federal a anunciar medidas de apoio ao setor, que vem sendo prejudicado pela disparada das importações de lácteos do Mercosul

Segundo a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag-RS), que organizou a manifestação em Porto Xavier, na fronteira com a Argentina, reuniu mais de 1.800 pecuaristas. Eles se concentraram na praça central da cidade e depois seguiram em caminhada até a aduana do porto internacional da cidade, por onde passam cargas procedentes de outros países.

 

Reunião em Brasília

No dia 12 de julho, lideranças dos produtores rurais se reuniram em Brasília com o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro. Na ocasião, ouviram dele a promessa de portarias autorizando a Companhia Nacional de Abastecimento (Conab) a realizar aquisições de leite e derivados nos estados no âmbito de programas federais de compras públicas, como o Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) e o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE). A medida ajudaria a "enxugar" parte da oferta no mercado e elevar os preços do leite. "Até agora, não saiu nada do papel. Estamos pedindo que o governo taxe a importação ou subsidie a produção, como (ocorre) no Uruguai e na Argentina", disse o presidente da Fetag-RS, Carlos Joel da Silva.

 

Aumento nas importações

No primeiro semestre deste ano, o Brasil importou cerca de 116 mil toneladas de leite, creme de leite e lácteos (exceto manteiga e queijo), um salto de 240% na comparação com o volume registrado no mesmo período de 2022, de acordo com dados da plataforma ComexStat, do governo federal.

Segundo Carlos Joel da Silva, por contarem com subsídios e incentivos governamentais, os argentinos e uruguaios conseguem ter custos de produção mais baixos. Hoje, o leite em pó produzido nos países vizinhos entra no Rio Grande Sul com preços entre R$ 17 e R$ 19 o quilo. "O nosso aqui é R$ 25, R$ 26 (o quilo), a diferença é muito grande. Só no mês de junho entrou, do Mercosul, o equivalente a 20 dias de produção do Rio Grande do Sul", disse o presidente da Fetag-RS.

De acordo com pesquisa divulgada nesta segunda-feira (31/7) pelo Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Cepea) da Esalq/USP, o preço médio do leite cru captado por laticínios em todo o Brasil registrou queda pelo segundo mês consecutivo em junho, para R$ 2,5568 o litro. Em termos reais (deflacionados pelo Índice de Preços ao Consumidor Amplo de junho), o valor é 6,02% inferior ao de maio e 22,38% inferior ao de junho de 2022. Com o resultado, o preço do leite cru fecha o primeiro semestre com queda acumulada de 1,4% e média de R$ 2,7505 por litro.

Fonte: Correio do Povo / Luis Henrique Franqui
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