


Por se tratar de um conceito de aproveitamento de resíduos sólidos e materiais locais, com baixo uso de insumos externos, a permacultura foi apresentada como opção para a implantação de horta urbana em uma escola de Mato Queimado. A proposta é replicável também para quem pretende aproveitar os benefícios de ter uma horta em casa, com baixo custo e disponibilidade de alimentos diversos em sua alimentação diária.
A ideia de implantar uma horta com estes princípios na Escola Estadual Santo Estanislau surgiu após uma palestra realizada pela Emater/RS-Ascar na Câmara de Vereadores, em agosto. O extensionista Bruno Alexandre Santinon Tosatto explica que a permacultura é uma vertente da Agroecologia que contempla, para além da produção de alimentos, a adoção de práticas sustentáveis como o aproveitamento de recursos locais para construções, como hortos integrados com moradias, agricultura urbana, reciclagem e tratamento de águas servidas, ciclagem de energias e uso de energias renováveis, sementes crioulas e sistemas agroflorestais.
Após palestra de sensibilização realizada com estudantes do ensino médio, a horta da escola está sendo implantada com o apoio do professor Alexandre Preussler e da diretora Marli Rogéria da Rosa, utilizando-se recursos locais como sacolas de ração vazias, feitas de polietileno, resíduos de serraria, como costaneiras, e papelão de caixas tratados com sulfato de cobre, com o objetivo de durarem mais tempo.
A ideia é que os alimentos produzidos na horta possam ser aproveitados na alimentação escolar e que a continuidade do projeto inspire as famílias a adotaram as ideias em suas residências, refletindo sobre a importância da segurança e soberania alimentar, aliada a um contexto de desenvolvimento sustentável.