


Os altos volumes de chuva nos últimos dias, em várias regiões do estado, trouxeram novas expectativas também para nossa região, tão castigada pelo segundo ano consecutivo pela estiagem.
O agronegócio foi um dos setores que mais teve prejuízos, porém vários outros segmentos também sofreram enormemente as consequências da falta de chuva.
As duas usinas da Cermissões geradoras de energia, a CGH (Central Geradora Hidroelétrica) no rio Ijuízinho em Entre-Ijuís, e a MCH (Micro Central Hidrelétrica) no rio Comandaí em Santo Ângelo, estavam paralisadas desde dezembro de 2022, em razão do baixo nível dos rios, causando uma queda de arrecadação próxima dos 5 milhões de reais.
Nesta semana, as usinas voltaram a gerar energia. A CGH chegou a 45% de sua capacidade nominal, uma vez que somente uma turbina está em operação. Já a MCH, alcançou 93% de sua capacidade produtiva.
Ainda no mês de março, aproveitando a paralisação da usina do rio Ijuízinho, a Cermissões encaminhou para manutenção na empresa Hacker Industrial, de Xanxerê (SC), o distribuidor de uma das turbinas (distribuidor da turbina é um dispositivo que regula o volume da água na entrada da turbina, e consequentemente determina a potência da máquina). A manutenção deste distribuidor custará em torno de R$ 470.000,00 para a Cermissões.
A previsão é que o distribuidor esteja recolocado na Usina, ainda neste mês de maio. É um trabalho complexo, e que exige a contratação de uma empresa especializada, pois o distribuidor pesa em torno de 9 toneladas, e fica instalado no subsolo da usina, e a sua movimentação requer cuidados especiais, relatou o engenheiro eletricista Eluir Hoffmann.
"A expectativa é que as chuvas durante o inverno, normalizem a geração de energia, e assim consigamos recuperar parte dos prejuízos acumulados nos últimos cinco meses", relatou o presidente Diamantino.