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Publicado em 21/12/2019 10:12:19 • Agronegócio

Manejo integrado de pragas e doenças na cultura da soja

Emater instalou Unidade de Referência de Monitoramento de Pragas e Doenças na Cultura da Soja
Crédito: Emater/RS-Ascar / Divulgação

Como já acontece há vários anos, a Emater/RS-Ascar instalou uma Unidade de Referência de Monitoramento de Pragas e Doenças na Cultura da Soja no Município de Cerro Largo.

O objetivo deste trabalho é acompanhar a evolução da população de pragas e detectar a chegada de fungos à lavoura, principalmente o causador da ferrugem da soja, e orientar o produtor sobre a necessidade ou não de realizar a aplicação de produtos fitossanitários para o controle de pragas ou doenças.

Grande parte dos proprietários vem realizando aplicações calendarizadas de produtos fitossanitários, que além de aumentarem os custos de produção, aumentam a resistência dos insetos, diminui a população dos inimigos naturais, e aumenta a pressão de seleção de fungos resistentes aos fungicidas.

As tecnologias adotadas na região são em sua grande maioria as mesmas empregadas em grandes propriedades do centro-oeste do país. Daí vem a ideia da calendarização. As grandes propriedades dos estados do centro-oeste, realizam a aplicação de produtos fitossanitários de forma calendarizada em função da grande extensão. Ficaria muito complicado o controle, por exemplo, de um surto de lagartas nessas áreas em tempo hábil sem ter prejuízos econômicos. Já na nossa realidade, esse período necessário para o controle da praga ou doença é relativamente menor, por duas situações ou seja, pequenas áreas com a cultura e boa disponibilidade de máquinas e equipamentos.

A aplicação de produtos fitossanitários baseados no monitoramento de pragas e doenças, além de diminuir os impactos ao meio ambiente, diminui consideravelmente os custos de produção. Segundo dados da Emater/RS - Ascar, essa diminuição poderá ser de 30 a 45% nessas operações.

O nível de dano econômico das principais pragas como lagartas e percevejo são bem conhecidos e seguros. Cabe realizar um monitoramento no mínimo semanal nas lavouras para realizar um levantamento da população de pragas, e esse servir de critério para a aplicação de produtos.

Nessa safra, na Unidade de Referência instalada na Linha Reserva, em Cerro Largo, será identificada a presença de esporos de ferrugem da soja, através de um coletor de esporos, buscando assim alertar os agricultores quando da necessidade da realização da primeira aplicação. É importante a ampliação do tempo da primeira aplicação de fungicida, pois esse prazo está diretamente relacionado ao total de aplicações necessárias para a cultura. No Estado do Paraná, em áreas monitoradas a primeira aplicação aconteceu aos 75 dias após a emergência, enquanto nas demais áreas, com manejo de aplicações calendarizadas, aconteceu aos 57 dias.

Na Unidade de Referência de Cerro Largo, os dados serão coletados semanalmente e encaminhados a Universidade Federal da Fronteira Sul (UFFS) onde serão analisados em laboratório, e posteriormente divulgados pelos principais meios de comunicação, buscando assim auxiliar os agricultores na tomada de decisão.

É importante também ficar atento às previsões do tempo, pois as condições climáticas interferem na dinâmica populacional das pragas e doenças.

O aumento da população de lagartas normalmente é estimulada pelas condições climáticas que combinam altas temperaturas e menor volume de chuvas. Mas, se as chuvas forem mais intensas e frequentes, muitas lagartas jovens são controladas naturalmente, pela ação direta da chuva ou pela maior ocorrência de doenças e inimigos naturais, limitando as populações.

Quanto a ferrugem da soja, tempo úmido favorece a proliferação da doença. As regiões que primeiro plantam são as que começam a apresentar os problemas mais cedo. Isso porque a umidade na planta associada à alta temperatura é determinante para que ocorra a evolução da ferrugem.

Períodos mais quentes e secos também favorecem o aparecimento de ácaros e mosca branca.

Fonte: Emater/RS-Ascar
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