


A extensão rural, hoje no RS conhecida como Emater, surgiu nos Estados Unidos no final do século 19, como uma ferramenta de elevar e modernizar a agricultura. E assim foi reproduzida em diversos países, incluindo o Brasil, com adaptações aos cenários locais.
A partir da década de 1950, o governo brasileiro passou a dar mais apoio à extensão rural, com a criação da Abcar (Associação Brasileira de Crédito e Assistência Rural) e, posteriormente, da Embrater (Empresa Brasileira de Assistência Técnica e Extensão Rural), definindo a extensão rural como um modelo para modernizar a agricultura e aumentar a produção.
Desde então, a Extensão Rural tem sido um importante instrumento de desenvolvimento rural e de promoção da agricultura familiar no país.
Fundada no dia 2 de junho de 1955, a Ascar (Associação Sulina de Crédito e Assistência Rural) tinha o objetivo de atuar junto ao agricultor e assim desenvolver a agricultura e o bem-estar da sua família. A sua criação, teve como protagonista o diretor do Banco Agrícola Mercantil S.A., Kurt Weissheimer, seu primeiro presidente.
A Ascar foi a segunda instituição de Extensão Rural criada no Brasil. Vinte e dois anos depois, em março de 1977, passou a atuar com a Associação Riograndense de Empreendimentos de Assistência Técnica e Extensão Rural (Emater).
Hoje, a Emater/RS-Ascar atua em parceria com o governo do Estado, através das Secretarias de Estado, com prefeituras e entidades da sociedade civil, promovendo o desenvolvimento rural e com a estratégica missão de “promover o desenvolvimento rural sustentável através da prestação de serviços de Assistência Técnica, Extensão Rural e Social, Classificação e Certificação, em benefício da sociedade do Rio Grande do Sul”.
Essa trajetória é marcada pelo compromisso dos extensionistas rurais que, desde a primeira turma de 28 profissionais, mantêm o princípio histórico da Extensão Rural: "Semear ideias para colher alimentos". Assim, executam esse trabalho que impulsiona o desenvolvimento econômico e fortalece o meio rural gaúcho.
A inauguração do escritório municipal da Emater/RS-Ascar em Cerro Largo, ocorreu em 27 de dezembro de 1977, na administração do então prefeito, Roque Reinaldo Nedel.
Em Cerro Largo, a data foi celebrada com o um café no escritório municipal da empresa, na manhã dessa segunda-feira (2/6).
As funcionárias Carla Kiss, Carla Sausen e Manoela Pazdiora recepcionaram autoridades e parceiros da instituição.
Pelo poder público, marcaram presença o vice-prefeito Ambrósio Ten Caten, o presidente do Legislativo Emir Ramme e os secretários municipais Charles Scherer (Agricultura) e Mara Schmatz (Trabalho e Assistência Social).
Também estavam representados o Sindicato dos Trabalhadores Rurais, UFFS-Cerro Largo, Comder, Sicredi, Banco do Brasil, Sicoob e Cresol, bem como dois ex-funcionários da Emater, Breno Ely e Daniel Gorski, o primeiro com 43 anos e o segundo com 36 anos de atuação na extensão rural.
Em sua manifestação Carla Kiss, chefe do escritório local, destacou que "70 anos se passaram desde que germinou, em solo gaúcho, a semente institucional da Ascar — e, com ela, floresceu um ideal: levar dignidade, conhecimento e esperança ao coração do nosso meio rural".
"Ao lado da agricultura familiar — de quem, com dedicação cotidiana, coloca a mão na terra e o pão na mesa dos consumidores gaúchos e brasileiros — tem caminhado, com firmeza e compromisso, a Emater/RS-Ascar. É nesse vínculo cotidiano com os agricultores e pecuaristas familiares, com os indígenas, os quilombolas, os pescadores artesanais e os assentados da reforma agrária que a extensão rural e social revela sua face mais humana, tornando-se instrumento de justiça social, desenvolvimento sustentável e valorização da identidade do campo", enfatizou Carla.