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Publicado em 21/01/2019 09:03:02 • Cultura

Ruy Nedel e Nelson Hoffmann lançam novas obras literárias

Fotos: Reprodução

No final de 2018, os escritores Ruy Nedel, de Cerro Largo, e Nelson Hoffmann, de Roque Gonzales, brindaram seus leitores com novos lançamentos literários. Nedel com "História, Estado, Povo" e Hoffmann com "A Carta e o Livro (Diário da Escrita III)", ambos lançados pelo selo Cultuarte em edição da EdiURI (Santo Ângelo), coedição da Ledix (Florianópolis/SC) e impressão da Gráfica A Notícia (São Luiz Gonzaga).

RUY NEDEL I

2018 marcou o lançamento de dois livros de Ruy Nedel. Em agosto ele nos brindou com "Histórias, Estórias, Irreverências", uma coletânea de contos, crônicas e artigos em que destaca o cotidiano, com episódios vividos, que encantam por serem a realidade de qualquer pessoa que se insere ao seu meio, para viver experiências, às vezes inusitadas e curiosas, surpreendentes e encantadoras, quando revelam a alma humana em seus momentos mais sublimes.

Nelson Hoffmann, autor do prefácio, diz ao longo de sua apresentação, que "neste 'Histórias, Estórias e Irreverências', temos uma coletânea de dez capítulos nem tão curtos, mas muito menos longos. Tamanho médio, meia dúzia de páginas cada, um pouco mais ou menos. Cada capítulo contém mais de uma história, mas todas sempre de identidade temática. Com isso, a riqueza temática do livro cresce de forma a tornar-se um painel amplo do Rio Grande do Sul".

RUY NEDEL II

E em dezembro veio a público a obra "História, Estado, Povo", com 120 páginas, mais uma vez prefaciado por Hoffmann, que anunciou: "contou-me o Ruy que este seu último livro, 'História, Estado, Povo', é seu último. O último a ser publiado. Que estaria fechando sua trajetória de escritor. Confesso: duvido. Mas não assino embaixo. O Ruy é viciado em espalhar ideias por todos os quadrantes. Como irá parar".

Este "História, Estado, Povo" é documento para a História. Com o conhecimento de sua inteligência superior, é contundente, duro, sem qualquer concessão. O texto é claro, objetivo, direto. Não comete desvios ou circunlóquios, mostra o cerne. Da História, sempre tão escamoteada; do Estado, em sua frieza monstruosa, como dizia Nistesche; do Povo, em sua permanente sina de esperanças que nunca se realizam.

"Ruy Nedel quer parar? Já disse, não acredito. Mas, se parar, este ‘História, Estado, Povo’ é depoimento para a eternidade", conclui Hoffmann.

NELSON HOFFMANN

Também em dezembro, foi lançado o livro "A Carta e o Livro (Diário da Escrita III)", obra que examina o futuro da carta e do livro, duas fontes fundamentais para transmissão de informação e conhecimento, e essa discussão é aberta por Manoel Lobato, em "Cartas na Mesa – Memórias", reproduzindo frase de Holbein Menezes: "Tenho uma teoria, a propósito: a carta descobre, o livro encobre; a carta comunica, o livro participa; a carta diz, o livro deixa perceber por quanto há que se seguir a temática. A carpintaria é o elemento essencial do livro, não é a mensagem".

A frase, colocada em posição introdutória à obra propriamente dita, revela fatores comparativos que Nelson Hoffmann indica estarem presentes em seu novo livro: "Hoje proliferam os meios eletrônicos. Pelos tempos, dois ficaram como destaque: a carta e o livro. O livro permanece, embora pareça ter seu fim decretado. Pode mudar de forma, formato e detalhes, mas, em essência, que seu caráter é formativo, será difícil liquidá-lo".

A partir desse introito, Nelson Hoffmann envia e recebe cartas de amigos e escritores, diálogos que vão ocupar todas as páginas do livro. São cartas de textos curtos, em sua maioria, mas em cada uma delas deixa duradouras lições de vida. Coloca em discussão, ideias próprias e de todos os amigos, escritores de vários países, que enviam mensagens para enunciar propósitos e ações. As mensagens vão e retornam com respostas, alimentando-se da troca de ideias que avança para outros temas, com intervalos para revelar sentimentos pessoais e reflexões.

Essa forma é o fascínio da obra: as cartas fazem o conteúdo do livro. A carta é comunicação pessoal e o livro, ao contrário, tem como destino o leitor, para quem o pegar e ler! O formato do livro é original, possivelmente inédito na forma de composição de seu conteúdo e ajuda a compreender melhor o que nos cerca.

O movimento nas páginas do livro é um desafio diante de várias ideias e convicções pessoais e a fase introdutória de uma narração de conteúdo inovador. O livro, com 90 páginas, tem prosa, versos, artigos, crônicas, opinião, temas para discussão e análise.

Fonte: Luís Henrique Franqui
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