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Publicado em 01/06/2020 18:38:32 • Artigos

O novo normal

Teremos uma nova normalidade, diferente da que desfrutávamos antes da pandemia
Imagem meramente ilustrativa (Foto: Reprodução)

Por José Grisolia Filho (*)

Logo no início da pandemia do novo coronavírus (Covid-19, a exigência do cumprimento de novas regras de convivência, inclusive o isolamento social, especialmente para pessoas com 60 anos ou mais, alterou todas as rotinas.

As empresas tiveram suspensas suas atividades e a limitação de pessoas circulando nas ruas, com licença apenas de ir ao supermercado, à farmácia e ao posto de gasolina, ou ainda de procurar um hospital, fez com que as cidades ficassem paralisadas. Até mesmo as escolas estão fechadas.

O objetivo de todas essas limitações foi evitar a aglomeração de pessoas, para reduzir o contágio da Covid-19, e assim manter em equilíbrio o número de habitantes da região com a capacidade de atendimento no seu hospital referência.

No Rio Grande do Sul, esse equilíbrio tem sido mantido, tanto que o governador Eduardo Leite dividiu o Estado em regiões, todas sujeitas à classificações que indicam o seu grau de necessidades em torno de isolamento social, abertura do comércio e da rede escolar. As regras indicam que aumentando o número de infectados e de mortes causadas pelo coronavírus, todos os benefícios da abertura, mesmo que autorizadas com limitações, serão canceladas.

Em outros Estados, a situação é diferente, porque estão longe de uma abertura, por isso terão que perseverar muito para atender ao propósito de manter o vírus dominado e sob controle.

Quando o Brasil tiver uma atitude de efetivo controle do cotidiano da população, a abertura será uma consequência natural. Sem esse comprometimento, esse resultado vai se retardar e causar muitas mortes. O preço serão vidas que não foram preservadas.

Certamente vamos evoluir para esse 'status', período em que se estabelece o momento de pensarmos no "pós-pandemia", o esperado retorno às rotinas que cumpríamos antes da Covid-19.

Mas a expectativa real é de que teremos uma nova normalidade, diferente da que desfrutávamos antes da pandemia. Com certeza, a população vai recuperar os seus cuidados com as vacinas periódicas, para controlar doenças como a influenza, o sarampo, a poliomielite e tantas outras; a utilização de recursos tecnológicos para comprar, vender, participar de reuniões por vídeo; calcular com exatidão o crescimento de doenças nas comunidades; valorizar o ensino à distância e ligar-se mais em processos que tornam o cotidiano livre de impedimentos presentes nas formas que depois desta pandemia, serão consideradas "antigas" e, por isso, destinadas a serem arquivadas como instrumento ultrapassado. O pós-pandemia também vai acelerar a digitalização dos processos que tramitam na Justiça, eliminando definitivamente o papel. E assim por diante.

Devemos ter presente, que essas novas rotinas serão estabelecidas pela vontade da população, e de forma espontânea.

Todos precisamos estar atentos para as mudanças. Não lembramos de todas elas, até porque ainda estamos descobrindo facilidades que vão se impor no novo "normal".

É preciso encarar essas mudanças como um processo de crescimento na vida pessoal de cada um, em todos os sentidos.

Do passado, devemos guardar lembranças, fazendo dessas experiências, alicerces para novas formas de viver.

* Jornalista, chefe de redação do jornal A Notícia (São Luiz Gonzaga)

Fonte: José Grisolia Filho
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