


A psicóloga cerro-larguense Luísa Giordani Welter lançou, em julho, o livro O (des)velar do infantil do sujeito - Deslizamentos da linguagem, pela Editora Dialética, resultado da dissertação de Mestrado junto ao Programa de Pós-Graduação em Psicanálise Clínica e Cultura da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), concluída em 2020, sob orientação da prof. dra. Ana Maria Gageiro.
Sinopse
A poesia aponta para um uso muito primário da linguagem ao restituir as relações entre as palavras e as coisas. Assim, a origem da poesia confunde-se com a da própria linguagem, como se ao restituir o laço, o signo e a coisa, traz uma possível infância da linguagem. Para ser poeta, escritor ou psicanalista, é necessário errar a língua, retrocedê-la, e assim voltar a infância de todos nós, escutar os fiapos e pedaços de sentimentos que carregamos por equívoco, desconhecendo o que irá descobrir, restando apenas à vista saber que vida, escrita, ou a escuta em análise é tocar os abismos da existência.
Com o poeta Manoel de Barros foi possível ir acentuando o ato da escrita, deslocando litorais da infância, para várias infâncias possíveis. Algumas modificadas com o tempo, preservadas na memória, roubadas em cada esquina, uma infância que se perdeu em livros, narrativas, em protagonizações do ser, talvez roubada por cada um de nós diariamente em nossas falas e análises mal resolvidas.
Quem é
Filha de Rita Giordani e Luiz Welter, Luísa é psicóloga, especialista em Intervenções Psicanalíticas na Clínica da Infância e Adolescência (UFRGS), mestre em Psicanálise Clínica e Cultura (UFRGS) e realizou percurso em psicanálise na Associação Psicanalítica de Porto Alegre (APPOA).