


Com o apoio continuado da Emater/RS-Ascar, incentivando e promovendo a melhoria das condições de vida da agricultura familiar com renda no Rio Grande do Sul, é celebrado no dia 25 de julho o Dia Internacional da Agricultura Familiar, instituído pela Organização das Nações Unidas para Alimentação e Agricultura (FAO), data que também marca o Dia do Colono e do Motorista. O dia reconhece a importância dos agricultores familiares, responsáveis por grande parte da produção de alimentos e pelo desenvolvimento socioeconômico dos municípios.
Com mais de 70 anos de atuação, a Emater tem sido fundamental no apoio técnico a agricultores e pecuaristas familiares, pescadores artesanais, povos indígenas, comunidades quilombolas, artesãos e assentados da reforma agrária. Através da Extensão Rural e Social, a Instituição leva conhecimento, inovação e orientação técnica e produtiva às famílias do campo, contribuindo para melhorar a qualidade de vida e garantir a permanência no meio rural.
Segundo o presidente da Emater/RS, Luciano Schwerz, a atuação técnica da Instituição é fortalecida pelas políticas públicas estaduais e federais, por meio de programas voltados à agricultura familiar. "Destaco aqui os programas Irriga Mais e o Terra Forte, que vai aportar recursos para a correção e recuperação dos solos, promovendo a resiliência climática e o aumento da capacidade produtiva dos nossos públicos", cita.
Schwerz ressalta, como importantes desafios enfrentados pela agropecuária, os impactos das mudanças climáticas, a instabilidade de preços e a necessidade constante de inovação tecnológica. "São obstáculos que, com o trabalho contínuo dos extensionistas e a força da Extensão Rural e Social, transformaremos em oportunidades para garantir o crescimento e o fortalecimento da agropecuária gaúcha", destaca.
Exemplo desse apoio técnico pode ser visto na trajetória de Flávio Scheifler, que sempre esteve ligado à pecuária de leite e aprendeu a fazer queijos aos dez anos. Porém, foi somente em 2011, com o auxílio técnico da Emater, que conseguiu legalizar sua produção. "Trabalhamos eu, a esposa e um filho. Em 2011, conseguimos legalizar uma agroindústria familiar, onde produzimos queijo serrano e doce de leite", conta Scheifler.
A Agroindústria Scheifler e Lucena, mais conhecida como Bolicho do Chapéu, está situada na localidade de Lajeado Grande, em São Francisco de Paula. Em julho do ano passado, a agroindústria recebeu autorização para o uso do Selo Arte para os produtos doce de leite e ambrosia. Em 2022, o empreendimento já havia conquistado o Selo para o Queijo Artesanal Serrano.
O incentivo à cultura e à criatividade também está presente na atuação da Emater no município de Ciríaco, onde a artesã Marilede Oro, com mais de 45 anos de experiência em crochê, tricô, bordado e decoração em MDF, destaca a importância do apoio recebido para especializar e divulgar seu trabalho. "É uma terapia. Quem entrar nesse ramo vai gostar muito, porque a gente esquece da vida quando está fazendo artesanato. A Emater me ajudou incentivando minha participação em cursos e concursos e auxiliando na organização de estandes em exposições na região", relata Marilede.
A sucessão familiar no campo também vem sendo incentivada por meio da educação. Em Boa Vista do Sul, a agricultora Edriane Conci e seu filho Samuel, 30 anos, concretizaram, no ano passado, o sonho do ensino superior, formando-se juntos em Tecnologia em Horticultura pelo Instituto Federal de Bento Gonçalves (IFRS). Com atuação na produção de uvas e olerícolas, a família vê na especialização um passo essencial para o futuro. "Hoje, Samuel trabalha conosco na propriedade, e fico muito feliz em saber que haverá continuidade. Parabéns a nós, agricultores, que com fé, dedicação e trabalho, produzimos alimentos e alimentamos o país", afirma.