Ao completar o primeiro ano de funcionamento, a Casa de Acolhimento São Nicolau, localizada em Linha Caraguatá (Salvador das Missões), está passando por uma série de melhorias em sua infraestrutura.

Mantida por um consórcio formado pelos Municípios de Salvador das Missões, Cerro Largo, São Pedro do Butiá, Roque Gonzales e Guarani das Missões, cuja presidência está a cargo do prefeito salvadorense Daniel Gorski, a casa conta com o trabalho de misssionários da Comunidade Filhos da Misericórdia, mantida pela Fundação São Padre Pio de Pietrelcina, ambos com sede em João Pessoa (Paraíba).

MELHORIAS

As obras visam dotar a casa de uma infraestrutura semelhante a uma residência, pois foi instalada onde antes funcionava uma escola municipal. "A intenção é, aos poucos, transformar este local em algo mais próximo possível de uma casa, de um lar, para melhor atender às necessidades das crianças e adolescentes", diz a assistente social Rita de Cássia Motta.

Está sendo trocado o piso do refeitório, onde também será instalada uma lareira. Foram feitos reparos na rede elétrica e manutenção nos condicionadores de ar. Instalado um portão com controle remoto e colocados mais chuveiros nos banheiros. E serão feitos uma nova lavanderia, um quiosque, uma sala de recepção e uma sala para a equipe técnica.

SEGURANÇA

Além do portão eletrônico, será instalado um interfone que, junto com o sistema de videomonitoramento já existente, reforçará a segurança no local.

Rita lembra que as visitas à Casa de Acolhimento e aos menores acolhidos devem ser feitas sempre com prévio agendamento.

ACOLHIDOS

A casa tem capacidade para acolher até 20 crianças/adolescentes, sendo que atualmente há 14 menores acolhidos, que são atendidos por 10 funcionários e seis missionários. Entre os funcionários, há psicólogo, assistente social e pedagogo, que desenvolvem atividades pedagógicas com os acolhidos, como preparação ao primeiro emprego (adolescentes) e a brinquedoteca (crianças), além de momentos de espiritualidade, a cargo dos missionários.

Os acolhidos frequentam aulas no Colégio Estadual João de Castilho, na cidade, e na Escola Municipal Padre Afonso Rodrigues, na Vila Santa Catarina. Há ainda um que frequenta a APAE, em Cerro Largo, um na EMEI Raio de Luz, na cidade, e um adolescente participante no programa Jovem Aprendiz.

"Muitas pessoas confundem os acolhidos com menores infratores, o que não é o caso. Para cá vêm crianças e adolescentes em vulnerabilidade social, pois trata-se de uma casa de proteção aos menores, visando a garantia de seus direitos. Por isso, a necessidade de termos estrutura e rotina semelhantes a um lar, para que eles se sintam em família", conta a missionária Amanda Holanda da Costa.

"É um erro confundir os acolhidos com infratores", enfatiza Amanda.

TRABALHO EM 2019

No ano que passou, passaram pela Casa de Acolhimento 30 menores, sendo 15 crianças e 15 adolescentes (17 meninos e 13 meninas).

Destes, houve 11 reintegrações familiares e ocorreram duas adoções, de uma menina de 8 anos e de uma adolescente de 13 anos.

ALMOÇO FESTIVO

Além dos recursos disponibilizados pelo consórcio que mantém a Casa de Acolhimento São Nicolau, são realizados eventos para complementar investimentos no local.

Ano passado foi realizado um almoço de inauguração, no clube da Associação Santa Cecília, em Linha Caraguatá, e um jantar dançante no salão paroquial de Cerro Largo.

Existe a intenção de realizar, em breve, um almoço para marcar o primeiro aniversário da instituição (que iniciou seu funcionamento em 31 de dezembro de 2018).