


Clássico absoluto de Neil Gaiman, Sandman passou por inúmeras tentativas de adaptação em live-action ao longo dos anos.
Extremamente protetor em relação à trama que criou para a Vertigo, antigo selo adulto da DC Comics, o autor passou décadas dispensando e sendo dispensado por estúdios e produtores interessados na história de Morpheus e seus irmãos Perpétuos.
Mas, 34 anos depois do lançamento da primeira edição da HQ, a primeira adaptação televisiva oficial chega à Netflix e, embora não provoque o mesmo impacto que o quadrinho, mostra que a espera de Gaiman e dos fãs não foi à toa.
De forma geral, a série de Sandman segue a mesma trama que os quadrinhos: Sonho dos Perpétuos (Tom Sturridge) é capturado num ritual de magia das trevas por Roderick Burgess (Charles Dance), que o aprisiona por mais de um século. Quando escapa, o Rei dos Sonhos parte em uma jornada para recuperar seu poder e seu reino. Mesmo com uma narrativa bem próxima do que nos foi apresentada há mais de 30 anos, a nova adaptação conta com mudanças pequenas, mas pertinentes, que dão um ar de novidade e que permitem que a história se traduza com naturalidade para a TV.
O maior mérito da produção da Netflix é ter Gaiman entre seus principais arquitetos. O criador de Sandman usa sua liberdade criativa para atualizar personagens, cenas e situações icônicas sem deixar que a essência da história original se perca em meio a essas adaptações.
Sandman está disponível na Netflix.