


O Mistério do Relógio na Parede (EUA, 2018) é um filme que une comédia, fantasia e doses cirúrgicas - e relativamente eficientes - de terror de forma divertida.
Mesmo contando com soluções fáceis de roteiro e recorrendo a alguns clichês, o longa-metragem baseado no romance fantástico infanto-juvenil do autor americano John Bellairs tem seus momentos de encanto.
Seria fácil comparar este projeto com exemplares da saga Harry Potter e outras produções que surfaram na onda do sucesso do universo criado por J. K. Rowling, mas o filme do diretor Eli Roth tem ao mesmo tempo o carimbo de produção bem realizada e finalizada e o ar de recreação despretensiosa ao mesmo tempo.
O enredo acompanha o menino Lewis Barnavelt (Owen Vaccaro), que ficou órfão de pai e mãe e foi morar com o excêntrico tio Jonathan Barnavelt (Jack Black), em uma casa assombrada. Tímido, retraído e ainda enlutado, o garoto vive um dia após o outro na companhia de Jonathan e sua inseparável vizinha, Florence Zimmerman (Cate Blanchett).
Aos poucos, a criança descobre que seus tutores são bruxos de verdade e dá seus primeiros passos no aprendizado das artes mágicas. Com isso, Lewis acaba se envolvendo com um perigoso feitiço proibido que ativa a força de um poderoso relógio ligado a um feiticeiro que caiu em desgraça e que residia na mesma casa onde ele hoje vive.
O mais curioso atrativo de O Mistério do Relógio na Parede é seu elenco. A incomum parceria entre Black e Blanchett flui de forma natural e rende os momentos mais enfeitiçantes do longa.
Entre acertos e ressalvas, trata-se de um competente filme infantil que diverte e poderia muito bem se tornar um clássico cult na Sessão da Tarde do futuro.
Disponível: Amazon Prime Video