Nesta segunda-feira (2/3) acompanhei, via internet, parte da sessão de nossa colenda Câmara de Vereadores, quando para minha grata surpresa, ocupando o democrático espaço da Tribuna Livre, assisti a manifestação do professor José Claudino Hister, presidente do Centro Cultural 25 de Julho, que ali foi pedir o apoio do Poder Legislativo junto ao senhor Prefeito Municipal, para que este possa atender o pedido a ele dirigido formalmente, da doação de um terreno ou imóvel para construção de uma sede própria.
O presidente Hister didaticamente relembrou várias tentativas anteriores para o Centro conseguir uma sede própria, mas todas fracassadas, sendo que atualmente está instalado em salas do Colégio Anunciação, cedidas em comodato pelas Irmãs Filhas do Amor Divino. Como esta cedência é por tempo determinado, urge que a comunidade como um todo, poder público e entidades civis, providencie uma sede própria definitiva e adequada às finalidades do 25 de Julho.
Após a Tribuna Livre, vários Vereadores externaram seu apoio à manifestação do presidente Hister, todos reconhecendo a importância do pleito e a necessidade de se encontrar um imediato e definitivo encaminhamento desta justa reivindicação e entre as sugestões apresentadas, a vereadora Marta Schoffen e o vereador presidente Valdir München, defenderam a indicação da atual sede do Fórum como o melhor e mais adequado local para sediar o Museu e o Centro Cultural 25 de Julho.
Aberto debate sobre sede definitiva para o Museu 25 de Julho
Fiquei muito feliz ao ouvir esta indicação, pois ela vem ao encontro daquilo que há seis anos venho defendendo, quando em artigo publicado na edição de 7 de março de 2014 do semanário Folha da Produção, manifestei minha inconformidade com a infeliz e injustificada decisão do Município ter doado o terreno e concordado com a construção de uma nova sede para o Fórum, afastado do centro urbano, dificultando o acesso para as partes, para os servidores, para os operadores do direito, quando no atual endereço, do terreno de 1.350m2 , o prédio existente ocupa apenas 331m2, restando mais de 1.000m2 ociosos, onde com muito menor custo poderia ter sido feita uma ampliação e adaptação que atendesse a demanda de mais espaço para sede do Poder Judiciário.
Fui uma voz solitária pregando no deserto da apatia generalizada e lá está em vias de conclusão o novo prédio sede de nossa Comarca que em nada contribuirá para melhoria da mobilidade urbana e paisagismo de nossa linda e valorosa Cerro Largo. Mas nem por isso me acomodei, e ao longo destes anos, em diversas oportunidades e contatos com lideranças políticas, Vereadores e em especial, em reuniões da diretoria do Centro Cultural, defendi a ideia de que o Poder Público do Município, se agilizasse para reivindicar junto ao Governo do Estado, a doação pura e simples do atual prédio da sede do Fórum, em contrapartida das dezenas de terrenos doados ao longo dos 65 anos de nossa história, para aqui serem instalados os órgãos estaduais, como todas as escolas estaduais, o fórum, o presídio, a Brigada Militar, o Ministério Público, os poços da Corsan...
Assim vejo com bons olhos e muita simpatia, a acolhida dos senhores Vereadores ao pedido de apoio à justa reivindicação do Centro Cultural junto ao Poder Executivo para conseguir uma sede definitiva, pedido que deve ser endossado por toda comunidade cerro-larguense.
Pela relevância do tema e em razão da exiguidade deste espaço, na próxima semana voltarei ao assunto, justificar as razões porque entendo que o atual Fórum é o melhor local para o Museu 25 de Julho.
(Continua na próxima semana)
