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Publicado em 08/04/2022 00:45:21 • Agronegócio

Começa a despesca para Semana Santa

Piscicultores estão iniciando o manejo de açudes e tanques
Crédito: Divulgação / Emater/RS-Ascar

Em todo o Rio GrandedoSul, os piscicultores estão iniciando o manejo dos açudes e tanques visando à despesca para comercialização durante o período da Semana Santa.

De acordo com o Informativo Conjuntural, publicado e divulgado ontem (7/4) pelas gerências de Planejamento e Comunicação da Emater/RS-Ascar, as chuvas ocorridas e a diminuição das temperaturas já amenizaram os efeitos da estiagem, mas, em algumas regiões, ainda há necessidade de mais precipitações para restabelecer completamente os níveis dos viveiros e dos mananciais.

Na regional de Lajeado, o efeito de queda das temperaturas já está limitando o consumo de alimento pelas tilápias. Da mesma forma, na regional de Erechim, o excesso de dias nublados está influenciando, de forma negativa, no crescimento dos peixes.  Na regional de Passo Fundo, os piscicultores mantêm o arraçoamento naqueles açudes com maior adoção de nível tecnológico, porém há a preocupação com a elevação dos custos de produção em virtude do aumento do preço das rações empregadas na atividade.

Pesca Artesanal

Na regional da Emater de Santa Rosa, as chuvas recorrentes da semana causaram forte impacto no nível do rio Uruguai, que chegou a 7,60 metros de profundidade no porto de Garruchos, mas já reduziu para 3,67 metros. Essa condição de variação do nível do rio de forma abrupta dificulta a pesca e mantém a escassez de pescado município.

Na regional de Pelotas, em Arroio Grande e Jaguarão, a Lagoa Mirim continua com volumes capturados abaixo do esperado, sendo muito escassa a captura da traíra. Essa queda na pesca prejudicará a quantidade de pescado a ser comercializado na Semana Santa. Em Pelotas, também houve queda de captura devido à mudança do sentido do vento.

GRÃOS

A colheita da soja já chega a 34% no Estado, sendo que outros 47% está em fase de maturação, 15% em enchimento de grãos e 4% ainda em floração. A sequência de chuvas ocorridas nas regiões aumentou a umidade nas lavouras, impedindo, em algumas localidades, a entrada de máquinas. A desuniformidade na maturação dos cultivos tem se mantido presente, o que tem feito os produtores adotarem o uso de dessecantes em pré-colheita para auxiliar na operação.

A colheita do milho avançou de forma mais lenta no Estado e chegou a 79%, em grande medida, devido ao aumento da umidade provocada pelas chuvas da semana, que impossibilitaram os produtores de entrar com as máquinas em muitas lavouras. Outros 11% estão em maturação, 6% em enchimento de grãos, 3% em floração e 1% em germinação e desenvolvimento vegetativo.

Os cultivos do arroz prosseguem com a colheita que já atinge 64% da área cultivada no Estado. Outros 30% estão em maturação e 6% em enchimento de grãos.

Na regional da Emater de Caxias do Sul, a colheita do feijão primeira safra está em andamento nos Campos de Cima da Serra. A área colhida já chega a 60% do total em Muitos Capões, enquanto que, em Esmeralda, está apenas no início, e em Vacaria ainda não foi iniciada.  Na de Pelotas, 91% dos cultivos já foi colhido. Demais áreas estão com 6% em maturação e prontas para colheita; 2%, em formação de grãos; e 1%, em floração. Em virtude da comercialização do grão nos mercados locais, os produtores da região implantam as lavouras de forma escalonada.

O tempo, na semana, mostrou-se favorável ao desenvolvimento da cultura do feijão na segunda safra. O ponto de atenção dos produtores está relacionado às quedas de temperaturas e à alta umidade do ar, que tendem a criar condições favoráveis a problemas com antracnose.

Na regional de Frederico Westphalen, avança o ciclo do feijão, com 2% dos cultivos em início de maturação. A expectativa atual de rendimento é de 1.508 quilos por hectare. Na de Ijuí, 45% da área está em enchimento de grãos. Em geral, as lavouras se mantêm com excelente desenvolvimento, beneficiadas pelo clima ameno e pelas chuvas regulares. As temperaturas baixas registradas não causaram impactos na cultura.

OLERÍCOLAS

Na regional da Emater de Ijuí, os altos volumes de chuvas da semana que passou provocaram a erosão de canteiros, o acúmulo de água nas lavouras, a compactação superficial e problemas de germinação nas áreas que foram semeadas nos dias que antecederam as chuvas. As lavouras em estádio de desenvolvimento vegetativo e colheita foram beneficiadas pelo clima mais ameno e maior umidade, não sofrendo impactos das chuvas intensas. O clima mais úmido favoreceu o transplantio das culturas cultivadas a campo, que apresentam bom pegamento de plantas. Preços se mantêm em elevação, impulsionados pela alta dos insumos e pela maior demanda e menor oferta no mercado local. Preço do tomate está com alta substancial.

FRUTÍCOLAS

Na regional de Ijuí, cultivares de citros em colheita ou em maturação apresentam frutos menores e potencial produtivo inferior ao estimado inicialmente. A cultura está com boa brotação, embora um pouco atrasada em relação ao ano anterior.

Com retorno da umidade após o período de estiagem, muitos frutos apresentam rachadura da epiderme (casca). Destaca-se a baixa incidência de doenças nos pomares. Uvas de mesa sob cultivo protegido estão em final de colheita.

Fonte: Taline Schneider / Emater/RS-Ascar
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